Katso, Já sinto saudades daqueles teus mísseis disparados de cabeça ao primeiro poste. Saudades daquelas tuas arrancadas a meio campo, daqueles lançamentos em profundidade. Saudades da autoridade e segurança que davas ao nosso meio campo. Saudades dos tempos em que te disponibilizaste a ser Central.
Katsouranis parte para o Panathinaikos formalizando um vínculo válido por quatro épocas. Eis um exemplo em que apesar do “negócio” render dois milhões de euros ao Benfica, tal aspecto é meramente acessório.
Esta é a altura em se diz “este dia iria chegar”. Em todo o seu percurso no Benfica nunca o ouvi a fazer um comentário menos feliz, a ter tiques de vedeta e sobretudo era um regalo à vista vê-lo jogar.
Katso, obrigado por tudo o que deste ao Benfica, passas sem dúvida a fazer parte daquela restrita elite de jogadores que envergaram o nosso manto sagrado e que ficarão ligados à nossa história. A tua falta tanto em campo como no balneário será sentida.
Sentiste a podridão do nosso futebol ao seres o primeiro jogador da história deste nosso futebol…inho a ser punido por declarações à imprensa. Assististe na primeira pessoa à podridão que por aqui grassa. E tal como há um ano lançaste um grito de guerra “é preciso terminar com tudo o faz do (fc) porto o que ele de facto não é, fá-lo de novo no teu País. O que por aqui se passou e passa deve chegar aos 4 cantos do mundo.
E não esqueço que justamente chegaste a envergar aquela mitica braçadeira de Capitão do Sport Lisboa e Benfica, imortalizada por Monstros Sagrados Mário Coluna, Eusébio ou Humberto Coelho...
Resta-me fazer uma homenagem a este grande jogador, e grande profissional. Sê feliz nesta nova etapa da tua vida desportiva e pessoal.