A análise da sucessão de notícias relativas ao Benfica e ao verdadeiro corrupio de entradas, saídas do Plantel passa pelo actual exercício do jornalismo em Portugal, principalmente em períodos como o que atravessamos, de fim de época e de defeso. Permite identificar alguns grandes tópicos que suscitam reflexão — seja para os compreender melhor no passado e no presente, seja para entrever os caminhos para que, eventualmente, nos conduzirão no futuro. Não se trata aqui, naturalmente, de proceder a uma análise exaustiva de tudo o que mudou, como e por que mudou, mas tão só de propor um conjunto de reflexões, que, em alguma medida, organizem a nossa “leitura” principalmente nos períodos que atrás referi. Procurando não ser excessivamente saudosista e numa lógica mais global, dou de barato que a evolução social, faz com que a imprensa dê aquilo que a Sociedade pede. Simples explicação para toda esta confusão de informação. Eis um simples exemplo: Hoje: A Bola – “Direcção desmente Nené” - Record – Nené – “Benfica à Frente”.
Será apenas um “pedido” da Sociedade? Estou convicto que não, a lei de mercado manda, os editores executam. Quem vende? O Benfica! Logo nem que seja ao mínimo rumor, o Glorioso é de imediato colocado na primeira página.
Aproveito para pegar na observação de Miguel Sousa Tavares na sua Nortada de ontem. A superioridade do Benfica em mais um (entre dezenas) aspecto sobre a pequenez do (fc) porto, como é óbvio reflecte-se sim até aqui. Ao contrário do que MST diz, os Benfiquistas não “gozam” com a situação, apenas e com orgulho vêem, que a sobrevivência jornalística em pré Silly Season se deve ao Sport Lisboa e Benfica. Deve custar imenso a um Clube que se diz "Campeão Nacional” (não o reconheço como tal, não reconheço clubes corruptores,nem corruptos) não ter nem 1/10 do protagonismo que o Sport Lisboa e Benfica tem.
Feito este pequeno ponto de ordem retomo a “enxurrada” de notícias com que nos deparamos, não diariamente, mas, hora a hora sobre a realidade do nosso Benfica.
Não nos deixo porém, (associados e adeptos benfiquistas) fora da responsabilidade da existencia deste carrocel de infomação de contratações, dispensas e vendas. Somos nós que continuamos a alimentar esta indústria, comprando um jornal apenas por surgir mais uma “noticia nas gordas” que refere “Benfica contracta…X”. Somos nós através da blogosfera que falamos e analisamos “supostos reforços” (e claro, depois das expectativas, lá vêem as desilusões). Se nós próprios através da liberdade blogosferiana dissertamos ao milímetro notícias sem qualquer fundamento, o que dizer dos media?
Repito, procurando não ultrapassar um natural saudosismo, lembro-me dos tempos em que existiam dois rituais de que não abria mão; O primeiro, a compra da “Bíblia” – A Bola -, o segundo, a leitura de certos cronistas e em das noticiais deste Jornal. Além dos extraordinários artigos, sabia que notícia que “ A Bola” desse, era sagrada. Iria na certa concretizar-se. Uma palavra igualmente a alguns Jornalistas do jornal “Record”, além da qualidade da escrita de alguns jornalistas, a veracidade das suas notícias nunca foram beliscadas à data.
Por tudo isto afirmo que apenas continuo a dar como consumada qualquer aquisição e/ou venda de algum Jogador, quando o Sport Lisboa e Benfica o comunicar através do seu Site com a obrigatória comunicação à CMVM.
Lamento, mas deixei de ter como fidedignas as notícias dos dois principais Jornais desportivos em Portugal. Já nem sequer as filtro. Acrescento a esta minha posição, o facto de não escrever sobre “supostos” e “eventuais” contratações, a menos que o nome do Benfica possa estar a ser colocado em causa.