Aquando da lesão de Hulk, o (FC) Porto insurgiu-se contra a arbitragem portuguesa por entender que o critério disciplinar protege os futebolistas faltosos em desfavor dos mais virtuosos, lamentando o exemplo de Hulk e a sua grave lesão, que o deve impedir de actuar mais esta época. Como habitualmente e usando um subterfúgio mais do que estafado fizeram de Hulk um mártir levando a imprensa a reboque nas suas queixas. De tal forma que as mesmas pararam quando Paulo Bento teve uma curiosa tirada questionando se aos menos talentosos se passaria a ser legítimo partirem-se as pernas.
Vem isto a propósito de termos o nosso jogador Pablo Aimar com uma mialgia na coxa esquerda, o que fez com que tivesse que ser substituído e obrigado a realizar trabalho específico de recuperação juntamente com o departamento clínico dos encarnados. Veremos se estará apto para o jogo com o Nacional.
Não li, não vi na televisão, vi em pleno Estádio a entrada sobre Aimar que motivou esta lesão. Hoje, não vejo nem um comentário sobre a permissividade do árbitro Rui Costa,ou sobre “protecção aos talentos” e outros tratamentos que foram dados a Hulk. Pelo contrário, por mais incrível que pareça a culpa é do Aimar “que está preso por arames”. E aqui aponto o dedo não só à nossa imprensa mas igualmente aos profetas da desgraça do nosso Clube.
Lembro que o Pablo Aimar está em plena forma e sofreu uma entrada miserável que o deixou logo no momento no chão. Ainda assim terminou em bom plano a primeira parte. Aimar está em forma, causa receio a muito bom clube e está aí para espalhar classe pelos pobres relvados portugueses. E então? Alguém desta vez se lembrou do estafado tema da “protecção” aos artistas?