E como o melhor remédio é mesmo a boa disposição para lidar com certas situações, nada como a inspiração de Miguel Góis sobre o caso do Envelope de Pinto da Costa.
Imaginando que é árbitro (sem ofensa), e tem problemas familiares; a quem é que vai pedir ajuda? A um ancião? A um psicólogo? A um padre? Ou a um dirigente de um dos Clubes de futebol cujo jogo vice vai apitar no dia seguinte? A resposta certa é, sabemo-lo agora, esta última. E nem sequer é particularmente surpreendente. Há muito que sabemos que essa é uma prática normal um pouco por esse mundo fora – por exemplo, em certas províncias italianas as pessoas, quendo têm problemas familiares vão falar com o chefe da família. E por certo não custará imaginar, em abstrato, problemas que um dirigente desportivo poderia resolver a um árbitro de de futebol – “a minha mulher diz que vai morar para casa da irmã se eu este fim-de-semana não a levar numa viagem a Cancún, no valor de 2500 euros”, “Preciso de comprar ao meu filho uma mota no valor 2500 euros”.
Enfim, este julgamento fica marcado por algo fora do comum, Pela primeira vez vejo uma testemunha ser insultada e agredida por populares e não o réu.