Sobre a justiça em Portugal, surge hoje esta frase cortante como o mais afiado dos punhais:

Perante o que diariamente, vimos, sabemos e sentimos, e tendo em conta que a justiça em Portugal aos olhos da Europa é o que é, temos várias maneiras de assumir essa realidade como também há várias formas de resposta.

Iremos a tempo? Quero acreditar que sim! Mas esta questão do estado da justiça em Portugal é transversal a vários níveis da nossa sociedade. Como nos havemos de espantar com os vários desenlances incompreensíveis à nível de justiça desportiva, se o mal é geral?

O cúmulo da alergia da comunicação social a Quique Flores acontece na fase mais crítica da época. Reparem que ciclicamente, época atrás de época vamos atrás das necessidades da Imprensa, ou parte dela. Chegada de Quique, decurso da maior parte da época, Quique interessou aos media, até à TVI24 teve de ir. Mas, nesta altura, "já não vende". O que "vende" é a novela do fica ou sai, e ainda de quem chega. E nós vamos atrás disso.

E "atrás disso" e como óbvia consequência, tudo isto surge quando Luís Filipe Vieira se tornou mais vulnerável aos apelos de associados, dos seus pares na direcção e  em outros órgãos sociais, que reclamam o despedimento do treinador espanhol.

Estou em crer porém que LFV não pretende tomar uma decisão sem consultar todos os dirigentes do Clube. Lá irá surgir o habitual e anual plenário dos órgãos sociais, uma espécie de parlamento do clube, onde se juntarão todos os dirigentes do Benfica, desde a Direcção até ao Conselho Fiscal, passando pela assembleia Geral.  Uma vez mais, como ponto único da ordem de trabalhos será: "Discutir o eventual despedimento do Treinador".

É verdade que estamos todos desiludidos com o percurso da Equipa e a imagem de Quique se destastou a um nível quase insuportável. Mas o que me interessa de facto é que haja cultura de boa gestão desportiva. Sensibilidade e conhecimento do trabalho que foi feito em campo e em treino. Como posso opinar sobre tal, se não tenho dados para poder de forma justa tomar uma posição fria, objectiva? Por esse motivo apelo a quem esteja na posse desses dados possa fazer esse julgamente que se quer interno. Esse julgamento não pode ser tomado apenas com as nossas (adeptos) crispações e debaixo de fogo cerrado dos media. Deve e tem de ser feito por quem tenha acompanahdo o ambiente dentro e fora do balneário. Tem de ser feito por quem tenha aferido do trabalho realizado no dia a dia. Assim espero que seja tomada a decisão, sem emoções exacerbadas, nem a pedido e, muito menos a reboque dos media. Se se concluír que o trabalho realizado não satisfaz, não tem futuro que se decida em conformidade. Se pelo contrário houver necessidade de contradizer o que se antevê como mais que previsível, haja coragem para o fazer.

Tal como já tinha adiantado a 9 de Maio num Post onde referi que José António Reyes alegadamente estaria a ser negociado para o (fc) porto, reafirmo que aqui o que importa não é tanto a veracidade ou não desta informação, mas sim o facto de ela própria ter começado a circular. Reforço, o alegadamente, por tudo isto não passaram de pressupostos sem confirmação.

No meu caso, a situação chegou-me não por jornais, ou qualquer outro órgão de imprensa mas sim por alguém que viu Reyes num Hotel do Porto na semana em que referi este tema. Em seguida comecei a ouvir e ler as suposições, sendo uma delas, que tal cenário tem por base um suposto adequar as relações Atlético de Madrid - (fc) porto.

No meio de tudo isto, o que de facto me preocupa? Os habituais aliciamentos aos nossos jogadores, e a protecção (ou falta dela) necessária e indispensável ao grupo.  Quero confiar, e confio na direcção desde que não dêem razão contrária. Como é lógico, não podemos esperar um comunicado sempre que surge um “alegado…”, um “suposto…”. Seria um corrupio diário de Press Release . Mas reforço, espero continuar a confiar na nossa direcção e na defesa dos interesses do nosso Clube.

Carlos Duarte, árbitro-advogado de defesa dos arguidos no caso Apito Dourado, causa expulsão de Quique !

Que mais falta para nos espantar? Venha a próxima tirada para nos deixar sem reacção, tantas têm sido as supresas neste nosso "futebolzinho".

Recordo entretanto uma das suas melhores tiradas neste enrolado processo. Carlos Duarte, à data lembrou a acusação que alega «que Jorge Saramago e Licínio Santos faltaram à verdade desportiva em troca de prendas», o que no caso do Gondomar SC se traduzia em fios de ouro num valor que rondaria os 125 euros. O que o levou a dizer em tom irónico:

"125 Euros é o preço destes homens? Se calhar todos os homens têm um preço, mas não é tão baixo?"

E está apresentado "o 4.º árbitro", Carlos Duarte, que tem sido protagonista como advogado de defesa de alguns arguidos do processo Apito Dourado. Eis quem chamou Artur Soares Dias, tendo o árbitro principal cabado por dar a Quique ordem de expulsão. Entre as diversas expressões do treinador do Benfica dirigidas ao 4.º árbitro uma delas terá sido bastante repetida: "Isto é uma vergonha!"  

Que mais há a dizer? Nada, ou talvez apenas isto, vamos jogar para Espanha...

Os 3 golos (apenas) apontados ao (fc) porto B, merecem ser dedicados a uma figura em especial, António Salvador!

Quem não se lembra das declarações de Francisco Figueiredo, do Sindicato da Hotelaria do Norte: "tem dinheiro para comprar passes de jogadores e técnicos, e ainda pagar salários milionários, enquanto os trabalhadores do Bingo continuam com salários em atraso. Isso é discriminação. Tentam vergar os trabalhadores pela fome. Não têm sensibilidade social. Fazem uma espécie de terrorismo psicológico".

Quem se esqueceu que ao contrário da maioria dos Clubes que construiruam os seus novos Estádios com o seu dinheiro a Câmara Municipal de Braga pagou a construção de um novo estádio de futebol e entregou-o ao Sporting Clube de Braga; as empresas responsáveis pela construção do estádio foram as do costume, agrupadas na ASSOC.

Quem já se esqueceu que a Câmara autorizou a direcção da SAD do Braga, onde pontificam distintos membros da “equipa do betão”, vendesse o nome do estádio municipal à companhia de seguros AXA sendo evidente a forma como se fecha este triângulo vicioso, "Empresários do Betão", SAD do Braga e Mesquita Machado - Câmara Municipal de Braga. Este caso é apenas um de entre muitos, provando que se fala no triângulo autarquias / empreiteiros / futebol não se está perante qualquer abstracção ou simples maledicência, mas sim perante factos na fronteira da ilegalidade que, não tendo sido ainda provada no caso de Braga, certamente será, no mínimo, política e eticamente condenável.
E que dizer sobre esta Câmara e sobre a veracidade dos rumores que correm na cidade, referindo que o seguro dos veículos camarários foi recentemente transferido para a AXA?

Lembro que a seguradora AXA assinou um contrato de publicidade com o Sporting de Braga, no valor de quase quatro milhões de euros. O contrato inclui-o, pela primeira vez em Portugal, a venda do nome do estádio. Tudo estaria bem, se o estádio não se chamasse precisamente "Estádio Municipal de Braga" e se o principal responsável da autarquia (e fervoroso adepto do clube) não aparecesse na cerimónia do contrato a dar uma ajuda ao seu clube à custa do interesse público. Pois é? Recodam-se do triângulo Autarquia de Gaia - Empreiteiros - porto e a oferta do centro de estágio?

Alguém se espanta com esta fotografia? Diz-me com quem andas...

O Benfica venceu este domingo, pela segunda vez consecutiva, a Académica em jogo a contar para a meia-final do Play-off da Liga. A formação orientada por Henrique Vieira bateu os "estudantes" por 105-103 num jogo com recurso a três prolongamentos, após um 72-72 verificado no final do tempo regulamentar (83-83 no primeiro prolongamento e 96-96 no segundo).

Um jogo de loucos em que o Benfica teve de puxar pelos galões para evitar a surpresa no Pavilhão Império Bonança. António Tavares, Sérgio Ramos, Miguel Minhava, Elvis Évora e Seth Doliboa foram os titulares no Benfica.

Com esta vitória, o Benfica está na frente da eliminatória (2-0) e pode carimbar a qualificação para a final já na primeira deslocação a Coimbra