Confesso que nunca fui adepto de soluções de escolha entre o "Aceitam ou Não aceitam".
Confesso ainda que por vezes é necessário agir como líder assumindo esse ónus na procura de uma solução urgente.
No entanto, tenho muitas dúvidas que o ponto único sobre o plano de Reestruturação Financeira, o Sport Lisboa e Benfica personificado e representado por nós Associados na Assembleia Geral Extraordinária de hoje não pudesse ter outra alternativa que não apenas um Aceitam ou não.
Hoje pelas 20 horas, no pavilhão n.º 2 do complexo da Luz, será discutido entre nós o plano de reestruturação do grupo empresarial do Benfica. A proposta de Luís Filipe Vieira e Admnistração compreende o resgate da SAD da situação de falência técnica e a fusão entre a sociedade que gere o futebol e a Benfica Estádio.
O que de facto aqui está a ser apresentado? Se virmos o comunicado anteriormente enviado à CMVM, a Direcção lembrou que a SAD encerrou o último exercício com capitais próprios negativos de 11,8 milhões de euros. Se o plano, que é dividido em cinco passos, for aprovado, a SAD passará a ter capitais próprios de 28 milhões de euros, equivalentes a 25 por cento do capital social da sociedade, cujo aumento de 40 milhões de euros (75 para 115) está previsto no documento.
O projecto para a reestruturação financeira que irá ser apresentado hoje prevê o que o clube aumentará, directa ou indirectamente, a sua participação na SAD para 68 por cento.
Assim, O clube transfere dívidas (actualmente deve 77 milhões à SAD, mas ficará credor de 5,1 milhões) e o controlo da Benfica Estádio para a SAD, que aumenta os seus capitais próprios para 28,2 milhões de euros. Esta situação permitirá alterar a situação de falência técnica que a Benfica SAD apresentava no final do último exercício.
Se a operação for para a frente, o passivo do clube será reduzido em 84,2 milhões de euros (de 162,2 para 78 milhões) e o da Benfica SAD aumentará 68,2 milhões (de 178,6 para 246,8 milhões)
Lembro que o Benfica detém 40 por cento da SAD e a Benfica SGPS, controlada pelo clube, 11 por cento. Com a reestruturação financeira, o clube controlará 61 por cento da SAD e a Benfica SGPS 7 por cento.
Qualquer que seja a nossa ideia sobre o tema, a nossa presença é de grande importância